8 Dicas Incríveis para Economizar Dinheiro
Olá, Pindaibeiros!
Sejam muito bem-vindos ao primeiro artigo sobre como economizar para sair da Pindaíba.
Se você não leu ainda nosso Guia Definitivo para Sair da Pindaíba, recomendamos que dê uma olhada no texto que está muito completo e contém um passo-a-passo para você economizar, aumentar sua renda e crescer patrimônio para atingir sua liberdade financeira.
Já leu? Top! Então vamos começar dando o primeiro passo: economizar.
1) Seja o mais detalhista possível
Quando se trata de economizar, a primeira coisa a se fazer é identificar para onde seu dinheiro suado está indo. Portanto, puxe todos os extratos bancários, faturas de cartões de crédito, anotações de gastos feitos em dinheiro e recibos de lojas.
Isso permitirá que você tenha maior clareza dos verdadeiros “buracos negros” que te mantêm na pindaíba. Muitas vezes são as despesas pequenas, mas recorrentes e não contabilizadas, que fazem um estrago enorme no seu orçamento. Portanto, ser criterioso é essencial.
2) Analise os gastos dos últimos três meses
Quando fizer o levantamento, detalhe exatamente quanto foi gasto nos últimos três meses com cada despesa. Isso permitirá que você tenha um cenário mais realista de seus gastos, já que as despesas podem flutuar de um mês para o outro, principalmente se você usa muito o cartão de crédito e compra parcelado.
Recomendamos que coloque tudo em uma planilha ou caderno. A planilha facilita a soma dos valores e contém fórmulas que vão ganhar muito tempo para você.
Como não poderia deixar de ser, preparamos uma planilha gratuita para te ajudar a organizar suas finanças. Clique neste link e baixe agora sua planilha de orçamento grátis.
3) Elenque suas despesas por tipo e por ordem de prioridade
Uma vez identificadas todas as suas despesas dos últimos três meses, o próximo passo é elencá-las por grupos e por ordem de prioridade.
No que diz respeito aos grupos, recomendamos que as despesas sejam divididas da seguinte forma:
- Fixas: aquelas recorrentes e cujo valor tende a ser o mesmo. Por exemplo, aluguel, condomínio, faxineira, impostos (ainda que não ocorram todos os meses), internet, serviços de streaming etc.;
- Variáveis: aquelas recorrentes, mas cujo valor tende a variar de um mês para o outro. Por exemplo, luz, água, gás, cartões de crédito, alimentação etc.;
- Extras: despesas que acontecem de vez em quando, mas para as quais é preciso ter reserva caso aconteçam. Por exemplo, manutenção ou prevenção do carro, despesas médicas etc.; e
- Adicionais: despesas que podem ou não acontecer todos os meses e que não têm um valor fixo mensal. Estão normalmente relacionadas a lazer e compras. Por exemplo, cinema, passeios, viagens, presentes, roupas e calçados etc.
Examine o que é essencial para você e sua família (por exemplo, aluguel, plano de saúde, energia elétrica etc.) e o que pode ser cortado sem resultar em uma perda significativa de qualidade de vida (por exemplo, jantares em restaurantes caros toda semana, delivery de comida todos os dias, academia que você nem vai, cinema, balada ou barzinho com os amigos toda semana etc.).
Para que você possa sair da pindaíba e começar a respirar com mais tranquilidade, é importante cortar todos os gastos supérfluos e mesmo aqueles que você pode substituir por outra atividade mais barata.
Por exemplo, se você mal vai à academia, por que não trocar as centenas de reais que você “doa” para a academia por exercícios ao ar livre? Em vez de ir ao cinema toda semana, será que a assinatura de um serviço de streaming para toda a família poder assistir junta não faz mais sentido? Falando em streaming, você precisa mesmo ter assinatura de todas as plataformas existentes ao mesmo tempo? Será que não tem alguma (ou algumas) que você mal assiste?
O essencial para quem está afundado em dívidas é cortar o máximo possível, mas se lembrar de que lazer também é importante para aliviar stress e manter a sanidade mental em dia. Portanto, nada de ser muito radical. Você ainda precisa viver. Falando nisso, vamos para a próxima dica!
4) Não seja radical demais nos cortes
Economizar é importante, mas cuidado ao ser radical demais nos cortes. Economizar é igual fazer dieta. Se você cortar todos os tipos de comida que te dão prazer e deixar só o frango com brócolis, as chances de você continuar na dieta (ou, neste caso, economizando) por longo prazo são baixíssimas.
O importante é ter consistência e disciplina para continuar na jornada até atingir seus objetivos.
5) Anote tudo!
Se tem uma coisa que é essencial para garantir o sucesso da sua jornada de futuro ex-Pindaibeiro é ter uma noção exata de tudo o que você gasta. O ato de anotar todas as despesas feitas no dia – e preferencialmente no momento em que elas acontecem – gera maior conscientização em você e te leva a pensar duas vezes antes de fazer qualquer gasto.
Essa estratégia é muito usada em dietas e funciona perfeitamente para economizar. O fato de você calcular as calorias consumidas e o total que você pode consumir naquele dia para não sair do seu “orçamento calórico” faz com que você escolha melhor os alimentos (ou despesas) que cabem no seu plano alimentar (leia-se, no seu bolso) e resultam em maior êxito a longo prazo.
Ao anotar o que você já gastou naquele dia, você tem maior noção do quanto ainda pode gastar no dia, na semana e no mês para ficar dentro do seu orçamento. Um dos principais inimigos nessa tarefa de conscientização é o cartão de crédito, pois jogar a dívida para o próximo mês ou para os próximos doze meses, faz parecer que seu orçamento é muito maior do que realmente é. E falando nele, aqui vai a próxima dica…
6) Pare de usar seu cartão de crédito da forma errada!
Se a sua vida financeira está em completo descontrole, o cartão de crédito é um daqueles itens que têm que sumir da sua carteira e da sua vida (pelo menos, por um tempo).
Ter cartão de crédito requer maturidade.
De acordo com o levantamento realizado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o cartão de crédito é uma das principais causas do aumento do endividamento das famílias brasileiras, que chegou ao absurdo patamar de 79% em agosto de 2022. Isso quer dizer que a cada 10 famílias, 8 estão endividadas.
O objetivo do cartão de crédito não é comprar hoje tudo o que você quer, mas não tem o dinheiro nem a paciência de esperar para comprar daqui a doze meses.
Esse tipo de pensamento de “ah, eu parcelo em 12x e vou pagando o mínimo da fatura” é que faz com que as famílias entrem em uma bola de neve de dívidas e não consigam mais sair dela.
Isso porque o cartão de crédito possui a maior taxa de juros do mercado (podendo chegar a 875% ao ano!). Isso quer dizer que se você deixou de pagar R$ 100 da sua fatura de cartão de crédito em janeiro de 2022, esse valor em janeiro de 2023 pode chegar a R$ 975,00(!!!).
7) Use seu cartão de crédito para acumular vantagens e se proteger da inflação
Uma vez equilibrada sua saúde financeira, o cartão de crédito se torna uma arma poderosa nas suas mãos.
Ele deve ser utilizado para gerar riquezas para você, não para voltar a te afundar. Por isso, quando suas dívidas estiverem quitadas, use o cartão de crédito para acumular milhas, receber cashback ou investback, e para se proteger da inflação.
“Como assim, me proteger da inflação?”, você pergunta.
Ora, inflação é um processo econômico caracterizado pelo aumento de preços de bens e serviços. Com isso, a inflação reduz seu poder de compra, de modo que o dinheiro se desvaloriza ao longo do tempo. Por exemplo, se a inflação acumulada estiver em 10% ao ano, isso quer dizer que seu salário de R$ 1.000 em um ano terá o poder de compra equivalente a R$ 900 no ano seguinte.
Assim, se você comprar um produto de R$ 1.200 em 12x sem juros no cartão de crédito, isso quer dizer que você vai pagar R$ 100 todos os meses até a última parcela, dali a um ano. Com a inflação em um patamar de 10% ao ano, esses R$ 1.200 terão um valor de R$ 1.080 quando você tiver terminado de pagar pelo produto (R$ 1.200 – 10% = R$ 1.080). Ou seja, isso seria equivalente a um “desconto” de 10% no valor de face do produto, desde que você tenha utilizado os mesmos R$ 1.200 reais que tinha no momento da compra para investir.
Desse modo, caso você não consiga um desconto maior do que a inflação para pagamento à vista, o parcelamento sem juros no cartão de crédito pode ser uma forma de você economizar.
Já no que diz respeito a milhas, cashback ou investback, há diversas formas de aproveitar o benefício direto ou indireto trazido por eles, inclusive reaplicando o dinheiro recebido com cashback ou investback e vendendo milhas ou comprando passagens aéreas e produtos com as milhas acumuladas.
8) Não compre por impulso!
Sabe aquela frase famosa do grande filósofo Julius Rock, que em latim é mais ou menos assim: “Si non aliquid emere, maior est discount”? Não? Pois veja abaixo:

Pois é, Pindaibeiros. Comprar por impulso é extremamente prejudicial à saúde do seu bolso.
São vários os exemplos: ir com fome ao supermercado faz com que você compre mais do que podia; aproveitar “liquidações” em que você é induzido a comprar mais unidades para garantir um desconto maior, e acaba gastando 2 ou 3 vezes mais do que queria ou podia gastar; passar na frente da loja de brinquedos ou de camisetas de super-heróis após assistir ao filme dos Vingadores e querer levar todos os itens da prateleira…
Quando você está tentando sair da Pindaíba, o que não falta é tentação para gastar. Para evitar que isso aconteça, há algumas opções:
- Deixar para amanhã: o desejo pelas coisas tende a ser muito maior antes de você comprá-las do que depois que você as compra. Uma forma de verificar se o que você quer naquele momento é algo de que você precisa ou apenas deseja é “deixar para amanhã”. Quando der de cara com aquele item que você “sempre quis”, deixe para amanhã e veja se a vontade continua a mesma. No dia seguinte, repita o procedimento (rsrs);
- Calcular quantas horas você vai ter que trabalhar para pagar por aquele item: uma boa forma de desestimular o consumismo é ver quantas horas você terá de “sofrer” trabalhando para comprar aquele item. O cálculo é simples: basta dividir o seu salário (ou renda média mensal, em caso de autônomos) pelo número de horas trabalhadas para descobrir quanto você ganha por hora. Por exemplo, se você tem um salário de R$ 2.200 e trabalha 220 horas, isso quer dizer que sua hora vale R$ 10 (R$ 2.200/220 horas). Para você saber quantas horas você vai ter que trabalhar para pagar por aquele item, basta você dividir o valor do item pelo valor da sua hora. Exemplo: se você quer comprar um relógio de R$ 1.200, você vai ter que trabalhar 120 horas para poder comprá-lo (R$ 1.200/R$ 10 = 120 horas), ou seja, mais da metade do mês (54,5%)! Se isso não te ajudar a evitar algumas compras por impulso, nós não sabemos o que vai; e
- Usar o Sensory Deprivator 5000: para os fãs da série How I Met Your Mother, esse artefato não é novidade. O Sensory Deprivator 5000 é um equipamento criado pelo protagonista da série, Ted Mosby, para evitar ver ou ouvir o resultado do Super Bowl que tinha acontecido na noite anterior e que ele e seus amigos haviam combinado de assistir juntos ao reprise. Esse equipamento vai resolver seus problemas de compra por impulso em shoppings, supermercados etc. (só tome cuidado para não sair andando no meio da rua com ele porque pode causar danos físicos rsrsrs):

Conclusão
Como você pôde ver, não há uma única fórmula mágica para economizar e sair da pindaíba.
Você deve analisar a sua situação com bastante frieza, cortar as despesas menos importantes e substituir as mais importantes por outras atividades de menor custo, ter um controle disciplinado do seu orçamento e dos seus gastos, usar o cartão de crédito da forma correta e evitar comprar por impulso.
Fazendo isso consistentemente você vai conseguir, mais ou menos rapidamente, sair da pindaíba e começar a trabalhar pela sua independência financeira.
Nos próximos artigos nós vamos abordar exemplos práticos de economizar todos os dias. Fique ligado!
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