O que são finanças pessoais?
É a disciplina que estuda o patrimônio, a receita, a despesa, o crédito, a dívida e o orçamento das pessoas físicas e das famílias, bem como a gestão de tudo isso ao mesmo tempo!
Vamos entender cada item mencionado!
PATRIMÔNIO é o conjunto dos bens, direitos e obrigações de uma pessoa, ou seja, ativo, passivo e patrimônio líquido.
O ATIVO (A) é o conjunto dos bens e direitos.
Em outras palavras, ativo é um recurso econômico controlado pela pessoa e que tem o potencial de produzir benefícios econômicos presentes e/ou futuros.
Já os bens são coisas com valor econômico. Dinheiro, casa, carro e bicicleta são exemplos de bens. Eles podem ser divididos em: bens móveis, bens imóveis, bens tangíveis e bens intangíveis.
Por outro lado, os direitos representam valores ou bens a receber. Exemplos: dividendos a receber e aluguéis a receber.
Por sua vez, o PASSIVO (P) é o conjunto das obrigações, que são todas as dívidas da pessoa com terceiros. Exemplos: conta de luz vencida e não paga, empréstimo com banco etc.
Por fim, o PATRIMÔNIO LÍQUIDO (PL) é o valor residual dos ativos menos os passivos. Em suma, PL = A – P.
O patrimônio líquido é o verdadeiro medidor da riqueza financeira das pessoas!
Para melhor visualizar como se dá essa riqueza, aqui precisamos esclarecer as 3 situações possíveis do PL:
- A = P: sua riqueza financeira é zero, pois seu PL = 0;
- se A > P, então existe uma riqueza financeira, uma situação líquida positiva (PL positivo);
- mas se A < P, então inexiste tal riqueza, pois o PL é negativo (situação líquida negativa). Nesse caso, “deve-se mais do que se tem”, o que pode implicar insolvência civil. Aqui, é necessário gastar menos do que ganha, quitar as dívidas (em regra) e só depois começar a investir! Dizemos “em regra” porque as dívidas, no Brasil, geralmente têm alto custo. Veremos essa análise em outro artigo. Vale ficar ligado!
Prosseguindo.
Agora vale fazer dois apontamentos sobre o que já vimos e o que vamos ver.
O patrimônio é uma grandeza que se refere à posição financeira de uma pessoa e é uma variável estoque, ou seja, mede a acumulação histórica. É como se fosse uma foto do patrimônio!
Já as receitas e despesas se referem ao desempenho econômico e são variáveis fluxo, pois são mensuradas em dado período de tempo.
Continuemos!
RECEITA, em suma, é a entrada definitiva de recursos financeiros em um dado período. O conceito de receita, em regra, está ligado à ação de OBTENÇÃO destes recursos.
Em outros termos, é o acréscimo de benefícios econômicos decorrentes da entrada definitiva de recursos financeiros, do aumento de ativos ou da diminuição de passivos e que resultam em aumentos do patrimônio líquido. Nas finanças pessoais, a receita pode ser ativa ou passiva.
A receita ativa é aquela em que a pessoa precisa de uma ação, um agir, para obtê-la. Geralmente são as decorrentes do trabalho, tais como salário, férias remuneradas, 13º salário, horas extras etc.
Já a receita passiva é aquela gerada pela natureza de alguns ativos, sem a necessidade de um agir permanente de seu titular. Uma ação ou um fundo imobiliário (ativo) que pode gerar uma receita passiva (ou renda passiva) denominada de dividendos é um exemplo. Outro exemplo são os aluguéis (renda passiva) de imóveis (ativo) alugados pelo titular.
O próximo item é um grande vilão na prática!
DESPESA, no geral, é a saída definitiva de recursos financeiros em um determinado período. A despesa está relacionada, em regra, à ação de DESPENDER tais recursos.
De maneira técnica, pode ser considerada como o decréscimo de benefícios econômicos sob a forma de saída definitiva de recursos financeiros, da redução de ativos ou aumento de passivos e que acarretem diminuição do patrimônio líquido.
Uma importante observação: as DESPESAS DEVEM SER MINUCIOSAMENTE DISCRIMINADAS e categorizadas porque geram maior confiabilidade no controle do plano financeiro como um todo. Aqui reside um ponto central como oportunidade de melhoria nas finanças para dizer Xô à Pindaíba, rumo à liberdade financeira!
Vejamos a algumas das espécies de despesa: fixa, variável, extra e adicionais.
As despesas fixas incidem mensalmente e pelo mesmo valor, como:
- Habitação (aluguel, condomínio, seguros, diarista);
- Transporte (prestação do carro, seguro dele, estacionamento);
- Saúde (seguro de saúde, plano de saúde);
- Educação (colégio faculdade, curso);
- Impostos (IPVA, IPTU);
- Outros (seguro de vida).
As despesas variáveis incidem todos os meses, mas dá para diminuir. Exemplos:
- Habitação (luz, água, telefone, celular, gás, tv a cabo, internet, streaming);
- Transporte (metrô, ônibus, combustível);
- Alimentação (supermercado, feira, padaria);
- Saúde (medicamentos);
- Cuidados pessoais (cabelereiro, manicure, esteticista, academia, clube).
Por sua vez, as despesas extras são as imprevisíveis e podem acontecer a qualquer momento. São elas:
- Saúde (médico, dentista, hospital);
- Manutenção/prevenção (carro, casa);
- Educação (material escolar, uniforme);
Por fim, as despesas adicionais são aquelas que podem ocorrer de vez em quando e são:
- Lazer (viagens, cinema, restaurante);
- Vestuário (roupas, calçados, acessórios);
- Outros (presentes);
Agora vamos ao item mais complexo!
CRÉDITO é a criação de recurso via DÍVIDA (= endividamento), ou seja, obtém-se um recurso de terceiros hoje (aumento do ativo-caixa) para pagamento no futuro (= aumento do passivo-empréstimo a pagar).
Quando tomamos um crédito de R$ 100, ocorrem dois fenômenos contábeis:
i) aumenta-se o passivo (empréstimo a pagar) em R$ 100 e aumentamos o ativo (caixa) em R$ 100. Neste momento, não há alteração do PL, pois a equação PL = A – P manteve-se constante (0);
ii) ocorre que, conforme o tempo passa, a dívida vai sendo ajustada pelos juros (incidência do fato gerador da despesa), enquanto os R$ 100 que foram para o caixa devem ser aplicados para gerar benefícios econômicos maiores que o custo efetivo total da dívida. O pagamento dos juros das parcelas, mês a mês, é uma despesa, o que implica diminuição do PL.
Aqui vale mais uma observação: no Brasil, o custo da indisponibilidade do dinheiro (juros remuneratórios) para o tomador do empréstimo é historicamente alto. Em outro artigo, analisaremos o que é uma dívida boa (aquela com juros baixos) e uma ruim (com juros altos) para permitir a você concluir se vale, ou não, quitar a dívida antes de investir.
Para finalizarmos este artigo, vamos ao último item das finanças pessoais.
ORÇAMENTO é a parte do planejamento financeiro que compreende a previsão de receitas e fixação de despesas futuras em determinado exercício (1 ano, por exemplo).
Administrar significa, no geral, planejar, executar e controlar.
O orçamento é a principal parte administrativa das finanças pessoais e seu escopo está contido no planejamento. É nele onde traçamos as linhas mestras, de forma racionalizada, para um período futuro a fim de chegarmos aos objetivos financeiros. Ele é um dos aspectos que compõem um bom plano financeiro.
Ato seguinte ao planejamento tem-se a execução, que é a aplicação do que foi planejado.
A execução orçamentária deve ser acompanhada de um controle eficiente com o objetivo de verificar o nível de aderência, de conformidade com o planejamento. Este controle pode ser concomitante à execução ou mesmo posterior a ela.
O controle junto à execução é mais efetivo, pois te dá, em tempo real, informações que já podem servir para ajustes ao orçamento vigente.
Bom, é isso, amigos do blog.
Uma última reflexão: o primeiro passo para sair da Pindaíba é “eu quero mudar”! É preciso reagir energicamente à insatisfação com o caos nas próprias finanças.
Os próximos passos são: sonhar, visualizar, planejar, executar e controlar.
Esse é o processo geral da transformação financeira que defendemos aqui no Xô Pindaíba!
Estamos juntos nessa jornada!
Até a próxima!
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