Luiz Barsi: maior investidor da B3!
Olá, leitores do Xô Pindaíba! Tudo certo com vocês?
Como sabem, nosso blog ainda é recente. Estamos sempre tentando inovar o nosso conteúdo e também a forma de repassá-lo a vocês! Por isso, iniciamos no blog mais uma seção: a biografia de grandes personalidades das finanças pessoais.
Nela você verá de forma breve e descontraída a história de grandes investidores nacionais e internacionais. Afinal, essas pessoas, por meio da sua carreira, nos mostram um pouco sobre o que devemos fazer. E isso nos ajuda a obter melhores resultados em nossas carteiras de investimento.
Assim, aprender na teoria é uma coisa e na prática é outra. E se você puder aprender com os acertos e erros dos outros (sem colocar seu próprio “dindin” em risco)? Melhor ainda, não é mesmo? Acreditamos fielmente que o resultado de um bom investimento é uma junção de teoria e de prática. E com uma pitada de oportunidade e de estar no lugar e na hora certos.
O primeiro investidor que iremos tratar é o Luiz Barsi Filho.
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Quem é ele?
Luiz Barsi Filho é considerado o maior investidor pessoa física da B3! Nascido em São Paulo em 1939, Barsi perdeu o pai quando tinha apenas um ano. Sua mãe veio da Espanha ainda criança, após sua família perder completamente tudo em uma grande enchente. Sem o pai, sua mãe batalhava para sustentá-lo e a si mesma. Com sete anos, ele já engraxava sapatos na região do Brás, em São Paulo. E assim seguiu até a pré-adolescência.
Além disso, trabalhou como vendedor de balas no cinema e como aprendiz de alfaiate ao lado da mãe. Sua mãe tinha uma disposição sobrenatural para trabalhar. Acumulava três empregos ao mesmo tempo. E tinha um estilo “linha-dura” ao tratar das finanças de casa, em razão da dificuldade financeira que tinham. Ensinamentos que foram repassados para ele.
Com 14 anos, Barsi conseguiu um emprego em uma corretora de valores. Isso o incentivou a ter uma formação técnica em contabilidade. Ali o interesse pelo estudo técnico dos balanços das empresas começou a aflorar. Essa prática é levada até os dias de hoje! Na sua formação, Barsi concluiu o curso em ciências atuariais e dois outros de ensino superior: direito e economia, matérias que são essenciais para sua análise de investimentos.
Nos anos 1970, foi dono da corretora Cruzeiro do Sul e, ao longo de 20 anos, editor de economia do jornal “Diário Popular” e “Mercado de Capitais da Revista Marketing”.
Já ouviu falar no método Barsi de investimento?
Ele desenvolveu uma estratégia de investimentos focada em empresas de qualidade e bem gerenciadas, mas que estejam temporariamente subvalorizadas pelo mercado. Essa abordagem de longo prazo é baseada na visão de que o valor da empresa será reconhecido com o tempo, gerando bons retornos financeiros.
Em 1970, ele elaborou o estudo “ações garantem o futuro”, descrevendo uma avaliação criteriosa dos setores da economia e do seu nível de “perenidade”. Concluiu que alguns setores com maiores chances de perdurarem são os de alimentos, saneamento, energia, mineração e financeiro.
Diante disso, catalogou todas as empresas de capital aberto que se encaixassem nessa premissa e separou aquelas com maiores chances de sucesso no longo prazo. Resolveu que a melhor estratégia naquele instante seria comprar papéis da Companhia Energética de São Paulo (CESP). Passou a economizar tudo que podia do seu salário para comprar ações da companhia, no começo da década de 1970.
Os primeiros pregões em que Barsi comprou as ações foram realizadas no antigo Palácio do Café, próximo ao Pátio do Colégio, na região central de São Paulo, depois do lançamento do Índice Bovespa (1968). Tal índice, inclusive, Barsi diz nem acompanhar.
Barsi ficou conhecido por seus investimentos em empresas estatais durante a década de 1990. Aproveitou a onda de privatizações que ocorreu na época para investir em empresas como a Petrobras, Companhia Vale do Rio Doce e Companhia Siderúrgica Nacional. Esses investimentos se mostraram bastante lucrativos ao longo do tempo. E foram fundamentais para que Barsi se tornasse um dos principais investidores do país.
Estratégia de ouro!
A grande dificuldade do seu método está no seu principal aspecto: esperar. A sua estratégia exige muita disciplina e paciência, pois não se trata apenas de investir em ações. Na verdade, se trata de projetos empresariais com perspectivas de sucesso. E é por isso que, apesar de demorar, seus resultados são consistentes.
Prova disso é que, assim como no caso de Warren Buffet, a maior parte de seu patrimônio foi construída quando Barsi já tinha mais de 70 anos. Segundo seu livro “O Rei dos Dividendos”, Barsi teria conquistado seu primeiro milhão de reais em 1970, seu primeiro bilhão de reais em 2012 (42 anos depois) e, em 2021 (9 anos depois), o patrimônio de R$ 4 bilhões.
Como já mencionado em outros artigos do nosso blog, o fator tempo é o principal aliado dos investidores na construção patrimonial, justamente por ser o único fator exponencial na fórmula de juros compostos:
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A intenção não é revender os papéis no futuro, mas receber dividendos, que são isentos de imposto de renda, e reinvesti-los, a fim de fazer a bola de neve crescer cada vez mais. Já imaginou ser um bilionário sem pagar imposto de renda? É um sonho que ele transformou em realidade! Segundo ele:
“Qualquer um que investir em empresas com fundamentos, sem ter pressa de vender, vai ganhar dinheiro. Mas, se fizer isso com uma boa estratégia para os proventos, a pessoa fica milionária.”
Outra curiosidade bem interessante e que mostra a inteligência de sua estratégia de investimentos, é que Luiz Barsi Filho recebeu, em 2021 mais de R$ 1 milhão de reais por dia em dividendos, ultrapassando, portanto, R$ 365 milhões de dividendos no ano!
Atualmente, cerca de 15 companhias fazem parte de seu portfólio. Todas de setores considerados perenes, como o bancário, transmissão e distribuição de energia elétrica e papel e celulose. Algumas das empresas estão na sua carteira há mais de 30 anos.
Estilo de vida do Barsi
Sua fortuna é estimada em algo próximo de R$ 4 bilhões apenas em ações. Segundo entrevistas recentes, e mesmo assim é conhecido por ter um estilo de vida discreto e pouco extravagante. Ele é avesso a exposições públicas e prefere manter sua vida pessoal em sigilo, evitando conceder entrevistas e aparecer em eventos sociais. Na verdade, Louise Barsi, sua filha, ficou sabendo que ele era bilionário ao vê-lo na capa de uma revista da Forbes, quando ela já era adolescente!
Para se deslocar do Tatuapé ao centro, Brasil às vezes utiliza o sistema público de transporte, não pagando pela viagem, pois usa seu cartão de gratuidade do metrô em razão de sua idade. Ele acredita que não é preciso ter uma vida luxuosa ou extravagante para ser feliz e leva uma vida confortável, mas sem ostentação. Para Barsi, uma vida confortável é aquela que lhe permite ter liberdade e independência financeira, para que possa dedicar seu tempo e energia a atividades que lhe dão prazer e realização pessoal. Ele não vê a acumulação de bens materiais como um fim em si mesmo. Ele acredita que o sucesso financeiro deve ser apenas uma consequência do trabalho duro e da dedicação em um propósito maior, seja pessoal ou profissional.
FIM!
A biografia de Luiz Barsi Filho, “O Rei dos Dividendos” (físico e digital), pode ser encontrada na nossa página de livros recomendamos.
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